Construção

Tudo tem um começo. Pode ser difícil. Causar uma aflição. De repente uma ideia parece. Não é suficiente. Uma ponte que liga o nada a lugar nenhum. Mas a ponte existe e encontra uma partida, porém está sem o outro lado. Sem ele não há um significado, não pode ser uma plena ponte. E vai seguindo. E para. Não desiste. Só insiste em pausar para traçar sua trilha. Quando entende o seu início, vai até o meio e acha o seu fim.
Ah, o outro lado... a imaginação se encarrega de fazer os laços. A cada passo, um tropeço, um nó desatado. Mas os nós brotam. Nem todos desmancham. Não era o fim. O fim se foi. E o começo volta. Dessa vez com curvas e com placas que nem sempre indicam saídas mas outros caminhos se embrenhando numa rede para aprender a lidar com ela e chegar ao final para o outro começo.
Me faço entender, mas não faço ninguém me entender. Só leia e compreenda o que sentir melhor. Esse texto tem pé e cabeça, sim. Contudo, um corpo desengolçado, mas um corpo.