A mãe da gente

Mãe é gente como a gente.
Gente que carregou gente.
Gente que já quis tacar a gente pela janela,
Mas que quer a gente nunca saia de perto dela.
É mágico que faz aparecer o que nunca sumiu.
É vidente que vê na gente o que a gente ainda não viu.

https://medium.com/@f9ba2b73ff1b/1047b1ded609

O rompimento

“O rompimento” @RenataMagnaBr https://medium.com/@renatabeyondmadness000/o-rompimento-9429822900fe

O rompimento

“O rompimento” @RenataMagnaBr https://medium.com/@renatabeyondmadness000/o-rompimento-9429822900fe

Ânsias

Futuro
Na cabeça
Presente
Nunca sente
Passado
Sempre temido
Passa horas
Mal respiro

Espectador

Soa o alarme
Acordo tarde

Uma forma amorfa de mim
Anda de um lado a outro
Num cabo de guerra mímico
A ansiedade

Outro ser começa a fazer ligações
Dá suas melhores respostas
Movimenta-se juntando as questões
E parte apressada pela porta
A responsabilidade

Juntas me arrastam além do chão
Cada uma de um lado
Observo em vão

É um momento histórico
Um fenômeno raro:
Não me afetei,
Tranquei-as no armário
E sai por aí

O encontro

Novas vozes, novos sorrisos
Novas palavras

O mesmo, não sendo aquele de sempre
Renovado na troca
Na soma
No entrelace

De palavras
De ideias

Me espalho em frases
E aquelas que encontrar
Se te agradar

À vontade está
Para me achar

Sem palavras

Uma porta aberta
Se fecha.

Agora as palavras
Não saem.

Outras
Não entram.

Não falam.

Nada.

A linha do tempo

O presente é a carne
O passado é o osso

O espírito
O fantasma

Encarar
Lamentar

O cavalo

          Fui a um sítio e me deparei com cavalo. Sem cela, só puxado por uma corda, andando em círculo, de repente o vi pular a cerca. Segue rápido, às vezes para. Não sabe se segue à esquerda ou a direita. Algumas pessoas o cercam e ele desiste. Volta puxado pela corda, volta para o estábulo.
         Depois de dias quase sem me mexer, sem as distrações do mundo moderno, enlouqueci. Corri. Fugindo do nada. Até onde minhas pernas aguentam. Tombei na grama como se sobrevivesse para respirar. E o cavalo andava tranquilamente explorando, vagando sem proprósito.
          Mas será que o propósito de andar em círculos e lhe botar uma cela é mais cabível do que vagar? Ele volta para o estábulo no fim da tarde. Eu não quero estar em lugar nenhum, porque odeio o silêncio que me faz ter que pensar no que devo fazer e no não devia ter feito ou de não exagerar. Sempre agir com propósito, nunca por vontade. E ele segue em círculos, dessa vez não foge. Com o tempo lhe colocam a cela e finalmente pode conduzir alguém.
          Eu quebrei dois copos e botei a culpa na distração. Na verdade foi tédio. Mas quem iria entender?

Um triz

Luis, foi por um triz
De repente vi um olhar gris
Mas parti às seis

E quando olhei
Já estava à mais de milhares de seis
Agora espero de novo minha vez.