Um "DR" com a mente
Numa noite de sono
O Sentido viaja para sentidos diversos
Universos abrem as portas de suas casas
De repente, são invadidos
Vândalos quebram, rasgam...
Juntam tudo, ateiam numa fogueira
Que derrete a lógica de cristal colorido por imagens em pedaços
Que não se encaixam mais, como se nunca fossem unidos
Bagunçam o tempo que fora catalogado cuidadosamente em prateleiras
Fazem da memória uma criança:
ora assustam
ora divertem
ora escondem sua irmã mais nova Lembrança
!
Volto para o mundo:
o alarme tocou
?
Será que choveu?
Será que a luz acabou?
Será que todos saíram?
Ou será que fiquei surda?
Por que esse silêncio me faz perguntas?
Por que eu questiono esse silêncio?
Mas por que essas interrogações?
Por que me preocupo com a ausência?
Será que é com o que não há lá fora?
Ou com o que há em mim?
A poética feminina
Existe um espaço de tempo considerável entre fazer um documento e renová-lo.
Existe um outro espaço de tempo regulado pelo coração.
Só mulheres têm esse relógio desregulado, inquieto
Que só descansa com palavras.
Não tem prazo de validade
Nem período de renovação
O inesperado é bem-vindo
Plante cuidadosamente o pé-de-feijão
E terá uma plantação.